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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

BARRETO SOBRINHO

 

 

Barreto Sobrinho nasceu no Rio Grande do Norte, mas veio para a região amazônica atraído pelo ciclo da borracha. Teve grande vivência no Acre e, principalmente, no Amazonas. Obra poética: Mármores (1913), Sombras e telas (1922), Natura (1923). Os Meus ângelos (1927), OrQuestra selvagem (Manaus, 1929), Tuba amazônica (1934).

 

 

POESIA E POETAS DO AMAZONAS. Organizadores: Tenório Telles; Marcos Frederico  Krüger.  Manaus: Valer,  2006.   326 p    ISBN 85-7512-141-3

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Três garças... três graças...

 

Dentro da floresta amazônica, disforme,
há um grande lago, um lago enorme,
Que vive a espelhar na face sua
de dia o sol, de noite a lua...

 

Em torno ao lago
o vasto capinzal verdeja.
E sob o afago
de mil aves

de cantos estridentes ou suaves,
alveja

uma trilogia de garças brancas
que naouelas paragens francas
ficaram perdidas
Qual três visões esquecidas...

 

Aouele grupo lindo
de três garças,

faz-me pensar que fugiram do Pindo
as três graças...

 

E ali naquela imensidade

de água e floresta

elas estão simbolizando a saudade

na expressão de sua alvura modesta...

 

E o lago também ali perdido,
ignorado,

dá-me a idéia de um mundo encantado transformado no líquido polido...

 

Esta minha impressão (eu bem recordo)
tive-a ao passar por ali, a bordo.

 

O rio se estirava interminável!
A floresta aumentava formidável!

 

Foi Quando eu vi as três garças solitárias naouelas paragens milenárias
de sugestões e de belezas raras,
de lendas, de bruxedos e de laras!

 

Mas as três garças brancas pareciam

três almas penadas

Que aos viandantes pediam

0_ue fizessem

com Que elas fossem desencantadas...

 

Mas o navio passou

e a trilogia das garças ali ficou!

 

(Orquestra selvagem)

 

 

 

 

Uirapuru

 

Quem passa sobre os rios dessa região imensa, ouvindo os berros, os cantos, os gritos, os pios

da população selvagem, pensa
Que aouela musicalidade
extraordinária
é a voz tumultuária
de uma calamidade... 

Entretanto
destaca-se entre a grande balbúrdia
a expressão original, estúrdia
de um canto
dalgum duende
Que ninguém entende... 

Todos os brutos, animais e aves,
dentro do coração
da floresta, ouvindo os tons suaves,
cheios de estupefação
ficam calados
e maravilhados! 

O duende-pássaro Que na floresta apareceu
é alma de Orfeu!... 

                                             (Ibidem)

 

 

*

 

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Página publicada em abril de 2021

 

 

 

 
 
 
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